As “ovelhas negras” da família são, na verdade, caçadores natos de caminhos de libertação da árvore genealógica.

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As chamadas “ovelhas negras” da família são, na verdade, caçadores natos de caminhos de libertação para a árvore genealógica. Os membros de uma árvore que não se adaptam às normas ou tradições do sistema familiar, aqueles que desde pequenos procuravam constantemente revolucionar as crenças, indo em contravia dos caminhos marcados pelas tradições familiares, aqueles criticados, julgados e mesmo rejeitados, esses, geralmente são os escolhidos a libertar a árvore de histórias repetitivas que frustram gerações inteiras. As “ovelhas negras”, as que não se adaptam, as que gritam rebeldia, cumprem um papel básico dentro de cada sistema familiar, elas reparam, apanham e criam o novo e desabrocham ramos na árvore genealógica. Graças a estes membros, as nossas árvores renovam as suas raízes. Sua rebeldia é terra fértil, sua loucura é água que nutre, sua teimosia é novo ar, sua paixão é fogo que volta a acender o coração dos ancestrais. Incontáveis desejos reprimidos, sonhos não realizados, talentos frustrados de nossos ancestrais se manifestam na rebeldia dessas ovelhas negras procurando realizar-se. A árvore genealógica, por inércia quererá continuar a manter o curso castrador e tóxico do seu tronco, o que faz a tarefa das nossas ovelhas um trabalho difícil e conflituoso. No entanto, quem traria novas flores para a nossa árvore se não fosse por elas? Quem criaria novos ramos? Sem elas, os sonhos não realizados daqueles que sustentam a árvore gerações atrás, morreriam enterrados sob as suas próprias raízes. Que ninguém te faça duvidar da tua missão, cuida da tua”raridade” como a flor mais preciosa da tua árvore. Tu és o sonho de todos os teus antepassados (Bert Hellinger). Tenho em mim um sentimento de aldeia e dos primórdios. Eu não caminho para o fim, eu caminho para as origens (Manoel de Barros). Eu honro e saúdo os meus antepassados que com seus pés desenharam o mapa do território que hoje meus pés caminham Honro as matrizes, honro a sabedoria ancestral, para ser merecedor de despertar essa sabedoria em mim (A. Desc). Às vezes nus, às vezes loucos, ora como sábios, ora como tolos. Dessa forma eles apareceram na terra: Os homens livres (Ditado). Por: @ranavitoria

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